Dia 26 de dezembro de 2019 foi o último dia que eu vi a minha filha, Giulia Mattos. De lá para casa já se passaram 187 de uma saudade que só faz aumentar. Hoje, 30 de junho, depois de um mundo de transformação pós-covid19, encontrarei minha filha depois de suas próprias grandes transformações. Há três meses as aparentes mudanças de seu corpo se consolidaram, e aquela menina de 10 anos e poucos meses, virou uma adolescente de fato.
Eu, um pai que era presente, agora ausente por força das circunstâncias, depois da mudança de Giulia e sua mãe para Brasília em janeiro de 2019, tenho pouco tempo presencial, tempo de qualidade, para viver o meu compromisso de ser pai: construir uma cidadã comprometida.
Tenho forte em minha mente que esse mundo como está tem gente sobrando, mas ainda assim faltam cidadãos comprometidos, gente que entende os princípios básicos do amor e faz da sua vida uma busca pela sua própria felicidade, num caminho que perpassa pela felicidade de todos que cruzam ao longo de sua jornada.
Afinal, já diria Gandhi, "Não existe caminho para a felicidade, a felicidade é o caminho."
Por isso decidi fazer esse Diário De Pai Para Filha, contando um pouco, e minimamente, como serão os próximos dias ao lado da #MinhaGiuliaMattos. Esse diário é um Manifesto, um documento público e notório, de um compromisso firmado numa manhã de chuva, no subúrbio do Rio de Janeiro, no dia 14 de fevereiro de 2009, quando eu soube, por telefone, que eu seria pai.
Muito mais do que um manifesto, esse diário é uma herança. Um pouco do melhor de mim que posso oferecer a minha filha.
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